Perícia pede socorro

Não é de hoje  que o  Sindicato dos Peritos de  Criminais de Minas Gerais  vem  demontrando a importância de combater os problemas vividos pela Perícia, como efetivo insuficiente, equipamentos sucateados e falta de estrutura. Foram inúmeras as audiências públicas, conversas com os deputados, reuniões  com  a Chefia da Polícia Civil.

Importante frisar que o trabalho pericial de qualidade exige um quadro de profissionais adequado ao exercício do trabalho, aquisição de equipamentos e materiais de insumo necessários e melhor estrutura. O Sindicato  tem ingressado inúmeras ações para obrigar o Estado a implementar condições de trabalho e infraestrutura para efetivação da cadeia de custódia, considerando que o Instituto de CriminalísticaPostos de Perícias Integradas e Seções Técnicas Regionais de Criminalística não possuem estrutura suficiente para a sua implementação e funcionamento regular, já que não têm espaçoou condições de armazenamento de materialtampouco mantém segurança em suas dependências, tais como cofres, diante da alteração legislativa promovida pela Lei Anticrime, Lei nº 13.964/2019, nos artigos 158-A a 158-F do Código de Processo Penal. Clique aqui e veja

Para o Wilton Ribeiro de Sales, presidente do Sindpecri, apesar das inovações tecnológicas e os avanços na perícia criminal nos últimos anos, viu-se ainda mais latente o sucateamento, o atraso, o acúmulo de trabalho e o baixo efetivo. “Quadro desolador, sem investimentos necessários e pontuais na Polícia Técnico-Científica”, denuncia Wilton Ribeiro.

Na  semana passada,  Jornal O Tempo  e a TV Band abordaram a situação da Perícia hoje no Estado. Na ocasião, o Jornal O Tempo trouxe  Lauro Freitas, especialista de segurança pública e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), que alertou que a  ausência de investimentos nos trabalhos da perícia resulta em baixa elucidação dos crimes.