Na manhã de hoje (5) a secretária de Planejamento e Gestão do governo Romeu Zema (Novo) disse não ter espaço fiscal para conceder a recomposição salarial das perdas inflacionárias aos servidores públicos do Estado.
O que é estranho é que o Sindicato que representa os trabalhadores que auditam as próprias contas do Estado desmentiu o Governo, afirmando que, embora tenha ocorrido alterações no ICMS do Estado, teve arrecadação.
Ou seja, essa sequência de fatos reforça argumentação do Sindpecri que na verdade o que está em jogo em Minas Gerais é o mesmo modus operandi do Governo, quando o Estado força o ganho financeiro às custas do servidor. Ao não conceder reajuste inflacionário no contexto de aumento de arrecadação e cenário inflacionário (afinal, inflação tende gerar aumento da arrecadação), o Estado passa a contar com mais espaço fiscal para ajustes do alto escalão (como vergonhasamente já ocorreu), concessão de mais incentivos fiscais (às empresas amigas) com aberrações, de toda sorte, com o dinheiro público.
Essa retórica falaciosa já vem sendo exposta, inclusive, em artigos anteriores do Sindpecri.