Durante reunião ordinária no plenário da Casa Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última quinta (7), a oposição se fez ouvir, questionando o Projeto de Lei (PL) 1.202/19, que propõe a adesão do estado ao polêmico Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A proposta de Zema, além de enfrentar resistência dos servidores, levanta preocupações com a privatização de importantes estatais, como Cemig, Codemig e Copasa.
Para nossa surpresa, o líder da Maioria, deputado Carlos Henrique, defendeu o adiamento da votação do PL, argumentando que as negociações em andamento em Brasília sobre a dívida de Minas Gerais com a União tornavam desnecessária a discussão do RRF neste momento.
Contudo, a oposição não caiu nessa desculpa esfarrapada. A deputada Bella Gonçalves provocou, afirmando que o governador Romeu Zema está “sem base na Assembleia“. A deputada Beatriz Cerqueira acusou o governo de retirar o quórum de votação, declarando o desejo de que a sociedade saiba quem está a favor do RRF e quem apoia a negociação com a União.
Diante de galerias lotadas de servidores estaduais, os deputados da oposição desafiaram a liderança, pedindo a votação do PL 1.202/19. O deputado Ulysses Gomes, líder do bloco Democracia e Luta, reforçou que o projeto é prejudicial para Minas Gerais e acusou o governo de estar “enrolando”.
O deputado Sargento Rodrigues desafiou seus colegas: “Vamos votar! Quero ver quais deputados são a favor desse projeto“.
Após os discursos, o líder da Maioria, Carlos Henrique, pediu o encerramento da reunião por falta de quórum.
O presidente Tadeu Martins Leite encerrou a sessão, e o PLC 38/23, que trata da limitação do crescimento das despesas, também não foi votado.Novas reuniões foram convocadas para amanhã, segunda-feira (11), às 10, às 14 e às 18 horas.
Importante saber!
A oposição, contrários ao RRF, defendem veementemente outras opções para equacionar o problema da dívida de Minas Gerais, com a busca por alternativas mais favoráveis.