Forças de Segurança Pública convocam manifestação em resposta à falta de transparência do governo de Minas

Foto: Sarah Torres/ ALMG

O coro de descontentamento é único quanto à postura do governo estadual. Este, após promessas de reajuste anual, recusa-se a divulgar o índice de reajuste salarial para 2023, alegando limitações financeiras, e acirra ainda mais os ânimos de uma categoria já sobrecarregada e há muito tempo desvalorizada (as forças de segurança enfrentam perdas inflacionárias estimadas em até 40%).

O governador Romeu Zema havia feito promessas de reajuste anual aos servidores da segurança pública, mas agora recua em seu compromisso. O descumprimento da Lei 24.260/22, que obriga a divulgação do índice de reajuste até o fim de janeiro, é uma afronta à justiça e ao bem-estar desses profissionais.

Diante dessa grave situação, as forças de segurança pública convocam uma manifestação para 25 de outubro, na Praça Sete, em Belo Horizonte, a partir de 12h. Trata-se de um apelo à sociedade para se juntarem a esta causa justa, demonstrando solidariedade e apoio aos profissionais que colocam suas vidas em risco para garantir nossa segurança.

O deputado Sargento Rodrigues afirmou, após a audiência, que o objetivo é conscientizar a sociedade sobre a situação enfrentada pelos servidores da segurança pública e o que ele chama de “descaso” do governo com a categoria. “O governo não tem cumprido com a palavra e descumpre a lei ao não divulgar o índice. A população precisa saber, o governo descumpriu duas vezes suas promessas de reajuste para a categoria”, declarou.

A secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, afirmou que não há condições de apresentar um índice, mas essa justificativa não convence a categoria, que há muito clama por justiça salarial.

Essa manifestação não é apenas dos servidores da segurança pública, mas de todos nós que desejamos um estado seguro e valorizamos aqueles que nos protegem. Trata-se de uma luta por justiça e transparência. Afinal, não divulgar o percentual acumulado do índice de revisão geral anual da remuneração dos servidores implica em não prestar contas de maneira apropriada. Isso abre precedentes graves e insanáveis na administração pública e, consequentemente, enseja prejuízos à população.

É preciso cobrar que as ações do governo sejam claras e abertas ao escrutínio público para manter a integridade do sistema democrático, garantindo os direitos dos servidores públicos, bem como a qualidade do seu serviço, e a transparência na prestação de contas.

Por esses motivos, uniremos  nossas vozes em 25 de outubro para exigir que o governo cumpra suas promessas e respeite a lei. A segurança do nosso estado e a valorização de nossos servidores dependem disso. Unidos, somos mais fortes!