Às vésperas do Dia do Trabalhador, a realidade dos profissionais das forças de segurança de Minas Gerais é marcada por desvalorização e incerteza. Em um ato de coragem, servidores das Forças de Segurança Pública, incluindo policiais e bombeiros, reuniram-se hoje (30) em protesto contra a proposta de reajuste salarial do governo Romeu Zema. Com máscaras que escondem o rosto mas não a indignação, eles clamam por justiça salarial e respeito aos acordos firmados.
O governo anuncia um reajuste de 3,62%, um número que não apenas ignora a inflação de quase 5% do último ano, mas também menospreza a perda acumulada do poder de compra que já ronda os 50%. E, como se não bastasse, os servidores, que dedicam suas vidas à proteção da sociedade, enfrentam também agora o fantasma de um aumento na contribuição do IPSEMG, agravando ainda mais a situação.
“É essa a Segurança que queremos? Uma Segurança que não valoriza seus trabalhadores? Que negligencia até mesmo a sua saúde?” – essas são as perguntas que ecoam entre os manifestantes. O salário defasado e a falta de reconhecimento são sintomas de uma crise mais profunda: a falta de valorização do trabalho desses profissionais que investem tempo e formação em benefício da sociedade.
Resposta do governo: insuficiente e insensível
A resposta do governo Zema é vista como insuficiente e insensível às necessidades dos trabalhadores. As lideranças sindicais e parlamentares rechaçam a proposta e alertam para uma situação limite. Se não houver negociação, a categoria pode adotar a estrita legalidade, afetando diretamente a eficácia do trabalho de segurança.
Este é o momento de reflexão e ação. Às vésperas de uma data tão simbólica, os trabalhadores das forças de segurança pedem mais do que um reajuste: eles pedem respeito, dignidade e reconhecimento. A sociedade deve se perguntar: que tipo de segurança queremos? E mais importante, que valor damos àqueles que nos protegem?
Esse momento é um lembrete de que a segurança pública começa com o respeito ao trabalhador.